Katarine – Filha, seu pai.. – os
olhos dela já estavam como uma poça cheia d’agua. E ela mordia os lábios,
olhando pra cima, pra tentar fazer com que as lágrimas não cessassem. – ele não
vai morar mais conosco. – Ela deu um longo suspiro, e falou vagarosamente – Nós
nos separamos, e você ainda é muito nova pra entender o motivo, e.. é isso.
Dolly – Espere aí .. – eu estava
gaguejando – eu não processei tudo, ainda. - Olhei para ela – Voce está me
dizendo, que se separou do papai. Voce está me dizendo isso. – Dei uma pausa –
E acha que eu não mereço saber o motivo. – Falei sarcástica. – Voce
(interrompida)
Katarine – Falou com uma voz que
demonstrou um pouco de desespero – Dorothy, voce sabe muito bem que não era
isso que eu estava tentando dizer, além do mais (interrompida)
Dolly – CHEGA! – Olhei pra o chão e
revirei os olhos, olhando fixamente pra ela – Sabe porque eu não quero
explicações? Porque eu já sei quais vão ser. O que a Pattie faz, você também
faz, simples assim. Se Pattie se separa do marido dela, voce tem que se separar
do MEU PAI também. Só não entendo porque demorou mais de 17 anos pra fazer
isso.
Justin – Dolly, não fala assim – ele
colocou a mão no bolso e estava com o olhar fixo no chão.
Dolly – Já deu – Dei as costas,
liguei meu carro e fui dirigindo sem rumo, pelas ruas. Que sem graça era o
asfalto, preto. E que graça tem esses edifícios? Vários blocos de cimento
enfeitados. E que graça tem esses pássaros? Todos da mesma cor. Estacionei meu
carro em um local onde havia bastante grama e fui andando, até que encontrei um
lago. Sentei em uma rocha, e fui jogando pedrinhas no lago, observando os
círculos que se formavam em volta das pequenas pedras. Até que eu percebi que
havia um senhor ao meu lado, pescando. – Como é seu nome?
XxXx – Joshua. Joshua Willard. – Ele tinha
uma grande barba branca.
Dolly – Voce é feliz ? - Ele demorou
um pouco pra responder.
Joshua – Minha vida não foi fácil,
minha cara jovem. Meus pais morreram na Segunda guerra mundial, eu cresci em um
orfanato. Mas ele faliu quando eu havia apenas 12 anos de idade. Durante vários anos
fiquei andando por aí, sem rumo. Muitas vezes passei fome.. dava graças a Deus
toda vez que encontrava jornais pra me enrolar de noite, apesar de eles não me
livrarem de todo o frio. Mas finalmente consegui um emprego fixo,sem ser de
bico. Sou gari. E sou feliz por isso. Moro em uma casinha de palha alí atrás.
Eu tenho um emprego, uma casa, tenho Deus me guiando. O que mais eu poderia
querer ?- Ele abriu um sorriso.
Dolly – Eu já estava muito comovida –
Sua história de vida é muito bonita.
Joshua – Foi difícil. Mas é só
entregar nas mãos de Deus. Ele sabe o que faz.
Dolly – Dei um largo sorriso – Foi
muito bom te conhecer Joshua, mas tenho
que ir. Já está escurecendo.
Joshua – Vai com Deus jovem!
Liguei meu carro, fui até o Subway, e
comi menos da metade do meu pão. Não estava com fome. Tomei um pouco do meu
cappuccino, paguei a conta, e fui embora pra casa. Não havia mais como fugir.
No primeiro semáforo que parei, resolvi escrever uma mensagem pra o papai :
"Pai, é a Dolly. Você sabe que eu te
amo mais que tudo, e nada vai me fazer mudar de opinião. Já estou com saudades.
Espero que nos encontremos brevemente. Com amor, Dolly. "
Cheguei em casa, e fui pra o meu
quarto. Liguei o chuveiro, e comecei a lavar meu corpo. Acabei de tomar banho,
me enrolei e liguei o ventilador, pois não estava tão frio hoje. Comecei a
pensar em tudo e já estava a ponto de chorar, eu iria desabar agora todas as
lágrimas que não deixei que caíssem o dia todo. Foi quando ouvi batidas na
porta que não esperaram que eu permitisse a entrada, já foi abrindo a porta.
Limpei as lágrimas, mas meu rosto evidentemente estava vermelho. Um dos
aspectos ruins de ser tão branca.
Justin – Colocou as mãos no bolso da
calça de moletom – Dolly, não fica assim.
Dolly – Me deixa sozinha.
Justin –Eu tô tentando te ajudar, só
isso. Sabe de uma? Eu já vou. – Ele já estava dando as costas pra mim, e ía dar
o primeiro passo em direção a porta.
Dolly – Posso te pedir uma coisa?
Justin – Se virou rapidamente – Diga.
Dolly – Por favor, não obedeça tudo
que eu pedir pra que você faça.
Justin – Isso quer dizer que não é
pra eu ir embora?
Dolly – Sim. – Ele se sentou ao meu
lado.
Justin – Ei. – ele falou baixinho se
sentando ao meu lado – Princesa. Olha pra mim.
Dolly – Gaguejei - E-eu não consigo.
– Meus olhos já estavam transbordando e as lágrimas estavam caindo. Não
consegui evita-las mais. Eu estava chorando quase que desesperadamente, minha
expressão facial estava terrível, e meu rosto mais vermelho do que já estava.
Justin – Ele segurou meu queixo e
levantou meu rosto. Limpou minhas lágrimas com o seu polegar, e alisou meu
rosto com quatros dedos livres.
Dolly – Não faz isso Justin, eu não
mereço, não te mereço, minha vida é um desastre e – interrompida.
Justin – Shhhh- Ele continuava
alisando o meu rosto e secando minhas lágrimas. – Eu sei que parece ser o fim
do mundo. Nós pensamos que a culpa é nossa, mas na verdade ela não é. Voce só
está em uma batalha porque pegou o caminho errado, mas não tem nada a ver com
ela. Não sabe porque aconteceu, não sabe porque guerrilharam.. apenas estava na
hora errada, e no local errado.
Dolly – Talvez esteja certo.. – Eu respirei
fundo, olhei pro lado, enxuguei as lágrimas e pisquei os olhos, na tentativa de
parar de chorar e que meu rosto clareasse um pouco.
Justin – Eu sempre tenho razão.
Dolly – A tá ! – Sorri – Falou o
menino que acha que o Canadá é um continente, e que conseguiu quebrar o
ar-condicionado da Argentina porque as instruções pra ligar estavam em
espanhol, e achava muito óbvio ligar um ar-condicionado.
Justin – Num
esculhamba também, né? Pra que você precisa ficar lembrando ?
Dolly – É legal te deixar indefeso –Eu
estava me divertindo com a cara dele. – E nem vem tentar me deixar indefesa com
cosquinhas que essa já é velha. – Cruzei
os braços – Isso já é forçar a barra.
Justin – E quem disse que eu ía fazer
isso? - Ele começou a me encarar. Isso mesmo, me encarar. Não sei como esse
moleque descobriu que eu fico toda sem jeito quando começo a olhar no fundo dos olhos
dele. Acho que estava fazendo tentativas e descobriu. Ele foi mais pra frente,
e eu continuei parada, não fazia a mínima ideia do que ele iria fazer. Começou
a fazer cafuné nos meus cabelos e aos poucos foi juntando a minha testa com a
dele, até que elas se encostaram. Eu simplesmente não conseguia parar de olhar
pra os lábios dele, e mordi os meus lábios. Droga. Eu estava com um desejo
muito grande, e sei que ele também estava, eu estava tentando me conter ao
máximo, até que ele não aguentou mais. Descolou nossas testas, aos pouquinhos
foi se aproximando e me beijou vagarosamente. Na verdade foi um selinho bem
lento, tão gostoso. Agora eu só sabia que de nada mais sabia, e resolvi me
entregar de vez ao momento.
Continua !
Próximo capítulo será postado com : 8 comentários.
Ooi gatíssimas ! É o seguinte. Eu tive prova de matemática hoje, então já viu né? Feridão todinho, desde quinta estudando. Maas, eu tenho boas notícias. Quinta-feira eu já estou .. tam tam tam .... DE FÉEEEERIAS ! É isso mermo negada, vou poder respirar ar-livre e ser feliz por 2 meses KKKKKKKKKK'. Isso significa quee.. eu vou fazer os capítulos todos os dias (até porque eu não vou ter o que fazer, e fazendo os capítulos vai matar um pouco do meu tédio) e posso postar todos os dias, mas só dependem de voces. Caramba gente, eu tenho 157 seguidores, peço só 8 comentários e as vezes nem isso consigo. Teve um anonimo que falou que eu demoro pra postar. E eu não vou ficar aqui me defendendo nem brigando, porque eu sei que eu demoro. Mas poxa, tem vezes que os capítulos já estão aqui prontinhos, é só apertar no botão publicar, mas só tenho 5 comentários, aí não dá. Gente por favor, comentem. Eu preciso saber o que voces estão achando da estória, se acham que eu preciso mudar algo, eu preciso da opinião de voces. Sem a opinião de voces, não tenho como seguir em frente. Beijão, have a great day :*
Postado por Grazi Souza